As raízes judaicas do cristianismo – Que língua falavam os judeus da época de Jesus?
No primeiro século de nossa era, além do hebraico, várias línguas eram faladas na região da Galileia e na região da Judéia. As influências culturais dos
estados vizinhos, bem como as de Grécia e Roma, também deixaram sua marca na língua da região. Através de evidências arqueológicas, textuais e
epigráficas, esta palestra tentará responder à pergunta: Que língua falavam os judeus da época de Jesus? Precisamente levando em conta esse
multiculturalismo.
As raízes judaicas do cristianismo – A Torá escrita, a Torá oral e Jesus
O comportamento de Jesus em relação à Lei mostra claramente o judaísmo de Jesus de Nazaré. A imagem desse Jesus nos Evangelhos é a de um judeu
praticante. Jesus estima a lei do culto e o Templo. Jesus nunca quebrantou a Lei, nem Torá, nem os rituais, nem a moral. O problema de Jesus com as
normas da Tradição (a “lei oral”) é uma questão de aparência, cuja causa é a apresentação das discussões de Jesus com seus companheiros fariseus de
uma forma tendenciosa que favorece o distanciamento da seita judaico-cristã do Judaísmo normativo da época (dos anos 70 aos 100 da era comum).
As raízes judaicas do cristianismo – O Midrash e o Novo Testamento
Nesta palestra será discutido o conceito de midrash e sua relação com os escritos do Novo Testamento. Na primeira parte, apresenta-se as várias
definições do termo midrash e seu significado principal como descrição de práticas judaicas de interpretação das Escrituras Sagradas. Na segunda parte,
serão apresentados alguns exemplos do Novo Testamento que mostram como esses escritos refletem a influência dos métodos interpretativos típicos
de seu contexto judaico, enfatizando tanto os pontos de continuidade quanto de inovação.
As raízes judaicas do cristianismo – Banhos de purificação no judaísmo do século I
A água tem um forte simbolismo e uma dimensão sagrada nas culturas antigas, se relacionando com várias dimensões e significados da vida humana.
A água tem um significado rico que vai além de sua realidade material. A água simboliza fundamentalmente a vida.
Nesta palestra abordaremos como na tradição judaica e protocristã a água é reconhecida como um dom sagrado que tem um significado de purificação,
renovação, libertação, fertilidade e abundância. O elemento água está presente como meio de sacralização e internalização; a água é usada em ritos
de purificação no judaísmo e ritos de iniciação no protocristianismo. Analisaremos como ambas as religiões utilizavam as instalações de água (micvê)
como espaço onde se realizavam e se realizam os banhos de purificação prescritos pelo Judaísmo e como, nas origens do Cristianismo, esses ritos
e espaços continuaram a acontecer, mas com uma intenção diferente, batismo ou pertença a uma comunidade (igreja).
As raízes judaicas do cristianismo – Os Evangelhos como literatura judaica
O objetivo desta palestra é ver os Evangelhos como literatura judaica. O professor David Flusser, que foi professor de Cristianismo Primitivo e Judaísmo
do Segundo Templo na Universidade Hebraica de Jerusalém, disse que “O pensamento judeu não foi o pano de fundo de Jesus, foi o contexto original
que moldou sua mensagem”. Por sua vez, o eminente académico William F. Albright, que dominou o campo da arqueologia bíblica por quase uma geração,
disse: “O Novo Testamento é tão judeu quanto o Antigo Testamento é israelita”.
Em muitos de nossos seminários, fomos ensinados que o Evangelho de Mateus é para os judeus, o Evangelho de Marcos para os romanos, o Evangelho
de Lucas para os gregos, e o Evangelho de João é para todos os outros. No entanto, uma análise do conteúdo dos Evangelhos nos mostrará que a
premissa anterior não é totalmente certa.